16 de setembro é o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.  O principal objetivo dessa celebração é a conscientização sobre a importância da preservação dessa camada para a saúde humana e para a vida no planeta.

A camada de ozônio é uma camada de gás situada ao redor do planeta, responsável pela proteção de todos os seres vivos da Terra contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Observações científicas realizadas desde o final da década de 1970 constataram que, em todo o planeta, a camada estava cada vez mais rarefeita.

A atividade humana e seus impactos sobre o meio ambiente, intensificados desde a Revolução Industrial, têm sido considerados responsáveis pelos efeitos de redução da camada de ozônio. A camada de ozônio é afetada pela emissão de várias substâncias, tais como os óxidos nítricos e nitrosos e o gás carbônico. Porém os clorofluorcarbonos, mais conhecidos como CFCs, são mais preocupantes. Esses compostos são encontrados em aerossóis e em equipamentos de refrigeração. Os seus efeitos são impactantes no planeta, uma vez que a radiação poderá afetar diferentes formas de vida e o meio ambiente.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) tem alertado que a redução da camada de ozônio tem sido responsável pelo surgimento de vários problemas à saúde humana. Além de doenças da pele, inclusive com a gravidade do câncer, o excesso de raios ultravioleta afeta o sistema imunológico e a visão e acelera o envelhecimento humano.

As preocupações sobre a necessidade de empreender ações, tendo em vista a preservação da camada de ozônio, remontam à década de 1980. Em 1985, em Viena, Áustria, foi formalizada a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio. Em 16 de   setembro de 1987, alguns países assinaram o Protocolo de Montreal, com o objetivo de ampliar os esforços para retardar a diminuição da camada. Recentemente, em outubro de 2016, a 28ª Reunião dos Estados Partes do Protocolo de Montreal, ocorrida em Kigali, Ruanda, África, aprovou emenda que inclui os hidrofluorcarbonos (HFCs) na lista de substâncias controladas pelo Protocolo.

É importante destacar os resultados positivos dos esforços empreendidos em mais de 30 anos. Conforme informa o relatório “Scientific Assessment of Ozone Depletion: 2018” das Nações Unidas, a camada de ozônio tem apresentado os primeiros sinais de recuperação.

Gilberto Rocha. Professor titular e diretor-geral do Núcleo de Meio Ambiente - NUMA/UFPA

#CamadaDeOzônio #PNUMA #ufpa