O Dia Mundial da Natureza e dos Animais foi instituído em 4 de outubro de 1930 para homenagear São Francisco de Assis. Com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1978, e com os movimentos de ambientalistas, a data foi ganhando relevância.

A comemoração nos faz refletir sobre a relação homem-natureza, em que, a princípio, o homem se percebia integrado à natureza. Essa relação foi se modificando ao longo do tempo, até a natureza se tornar secundária e a prioridade passar a ser o bem-estar da sociedade. A partir daí, a natureza é vista como um depósito de recursos a serem dominados pelo homem para garantir os diferentes modos de vida da sociedade humana.

Em 2020, a humanidade não parece ter muito a comemorar nesta data, pois nenhuma das 20 metas adotadas pela Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (CDB) para o período 2011-2020 foi completamente atingida, e estamos em meio a uma pandemia que evidenciou como a intensificação das ações humanas nos territórios pode trazer riscos à população.

Nesse contexto, a contribuição do Brasil tem sido dramática, com o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia e no Pantanal ameaçando a biodiversidade local, e, consequentemente, fragilizando os ecossistemas.

É importante que a sociedade perceba que as ações humanas sobre a natureza não são descoladas de nossa existência no planeta, enquanto o homem ainda pode ressignificar sua relação com a natureza. Essa ressignificação deverá ser a meta para uma geopolítica mundial e bases econômicas mais assertivas para a manutenção da vida.

Profa.  Dra. Rosana Maneschy.
Núcleo de Meio Ambiente - UFPA.

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Publicado originalmente no Facebook da Universidade Federal do Pará - UFPA https://www.facebook.com/UFPAOficial/photos/a.286932271344440/3352332661471037/