Ocorreu, nos dias 25 e 26 de maio, o trabalho de campo na comunidade Deus me Ajude, em Salvaterra, Marajó-PA. A equipe composta pelos professores Otávio do Canto (NUMA/UFPA) e Luis Cardoso (IFCH), o técnico Daniel Sombra, coordenador do Laboratório de Análise Ambiental e Representação Cartográfica (LARC), e os discentes Hemerson do Nascimento (PROFIMA) e Raphaela Leão (PPGEDAM) realizou a entrega do "Mapa de uso, conflitos e reivindicação" da comunidade, construído a partir da metodologia da cartografia participativa. Na oportunidade, José Luís de Souza, ex-presidente da Associação Remanescente de Quilombos de Deus me Ajude apresentou para a comunidade seu trabalho de conclusão do curso de Etnodesenvolvimento (UFPA). O Coordenador do projeto, Otávio do Canto, ressalta a importância da participação comunitária no processo de elaboração do mapa e agradece às lideranças da comunidade, José Luís de Souza (Deco) e Alacilda Oliveira de Souza (Sida).
O trabalho de campo foi uma iniciativa conjunta do PPGEDAM e do Grupo de Pesquisa Sociedade-Ambiente nas Amazônias (GPSA-Amazônias) com o apoio da Pró-reitoria de extensão (PROEX/UFPA).
Sobre cartografia participativa - Para Raphaela Leão, que desenvolve seus estudos na área, sob orientação do Prof. Otávio do Canto, a cartografia participativa é uma "metodologia de apreensão do território construída conjuntamente pelos comunitários e para os comunitários. Neste sentido, o mapa de usos, conflitos e reivindicação imprime as demandas coletivas da comunidade em apreço, e isso deve ser valorizado, dar voz a estes sujeitos é extremamente importante." A discente observa que "os comunitários sentiram-se representados pelo material produzido. E, como destacou a presidenta da associação de Deus me Ajude, a cartografia participativa é um instrumento de formidável valoriza a luta por reconhecimento dos direitos territoriais quilombolas, e ainda de empoderamento comunitário."
PPGEDAM e a experiência em campo - A aluna ressalta que "o PPGEDAM tem o diferencial de estabelecer uma relação próxima entre docentes e discentes, e a relação orientador-orientando não é diferente. E estar em campo com seu respectivo orientador, e compondo equipe maior de profissionais, permite a troca de conhecimento e experiências, o que proporciona uma análise e reflexão mais densa do processo de investigação e atuação."